1/06/2007

ReVendo familiares

Acabamos de chegar da casa da tia Carmésia.
Passamos bons momentos ali comendo carne de sol com macaxeira e tapioca. Com um bom café, claro.
O melhor de tudo foi, no entanto, ver Mirinha recordar velhas histórias da família Ribeiro desde o tempo em que viviam em Tacima.
Lembranças de brincadeiras nas árvores, lagoas, cisternas. Crianças vivendo aventuras incríveis, com a liberdade que hoje está a cada dia mais rara.
Em vez de video game era pique-pega, correr, pular de galho em galho nas árvores, tomar banho de cuia, nadar, pique-esconde no mato.
Era tempo de contar histórias, rir dos erros uns dos outros, cobrar atitudes, matar saudades.
Foi uma conversa gostosa, divertida. Percebia-se a alegria dos velhos tempos, buscava-se na mente os micos e tudo era motivo para sorrisos.
Na casa simples a alegria passou bons momentos. Gerações se encontraram.
Tio Joaquim, mais de oitenta, cedeu sua cadeira de balanço para o Lucinho, com onze, se divertir com a novidade. Jeane, Meire e Mirinha lembraram das brincadeiras no terreno baldio ao lado da casa, com Lena agarrada no gravador ouvindo as músicas da época. Hoje, sentada ao lado, Lena se vira para lidar com as filhas Rafaela (14) e Maira (16). A segunda, já grávida, atropela em sua pressa o tempo certo da vida e perde a adolescência que as tias se orgulham de lembrar.
Novos tempos, velhos problemas.

10/05/2006

Em breve mais textos


9/14/2006

Abraços

Abraços! Que ação simples e maravilhosa que está disponível para quase todos nós! Colocar os braços sobre outra pessoa e abraçá-la carinhosamente é, provavelmente, uma das formas mais universais de demonstrar carinho.
Quando eu lembro dos abraços genuínos que tive durante minha vida, posso recordar os sentimentos positivos que me estimularam e os sorrisos que trouxeram à minha face. Enquanto alguns me foram dados em razão de conquistas ou em ocasiões especiais, também posso lembrar dos mais doces – os que foram dados sem qualquer motivo além de demonstrar que alguém se preocupava comigo.
Observando nossos relacionamentos, será que temos menosprezado o poder dos abraços? Uma conversa sobre assuntos difíceis não iria melhor se começasse e terminasse com um abraço sincero?
Freqüentemente, o que posso fazer para melhorar um relacionamento é tão simples com um abraço ou dois, ou três, ou mais!
Deixando claro ao outro que me importo sinceramente com ele, alcanço algo nele o que meras palavras não conseguem.
O mais maravilhoso no abraço é que não custa nada e pode ser dado em quase qualquer lugar e em qualquer tempo.
Quando eu estiver procurando formas de melhorar meus relacionamentos vou tentar lembrar de coisas simples como abraços.
Hoje abraçarei meus amados com abraços calorosos sem esperar nada em troca – deixando que os abraços comuniquem sua própria mágica.
Só em abraçar estarei acrescentando amor para quem recebe e para mim também.
Cada abraço que der, então, valerão por dois!
Bern Hansen

8/30/2006

Elogios, um bom investimento

publicado originalmente em março de 2002

Ninguém pode negar que vivemos em um mundo estressante e com tons negativistas.
As notícias publicadas são escolhidas pelo teor de violência, ofensa e tragédia que possa chamar a atenção dos leitores. Há uma certa expectativa em tomar conhecimento do sofrimento e da luta dos outros como forma de atenuar as frustrações pessoais.
É preciso garimpar notícias positivas nos jornais e revistas, um trabalho difícil e nem sempre recompensado.
Vivendo num mundo cheio de violência, nada melhor que ter uma família e investir para que o ambiente em casa seja agradável e reconfortante. Alegria, companheirismo, respeito, segurança e carinho são alguns aspectos que podem incentivar o retorno para o lar.
Entretanto, o que se percebe é que a influência das pressões externas, das notícias ruins, dos problemas de trabalho e das dificuldades financeiras têm sido determinantes no ambiente familiar.
Trazemos para casa as pressões e contribuímos para que o clima em casa também se torne tenso, áspero e estressante.
Com tanta influência negativa, não admira que os relacionamentos estejam sendo prejudicados. Há muita tensão, muito estresse, pouca paciência e pouca disposição para compreender as carências do cônjuge.
É preciso tomar uma atitude para mudar o curso. Se nada for feito, prevalecerá o negativismo.
Uma forma simples e eficiente de melhorar o clima familiar e esquentar o relacionamento é o elogio. Ele demonstra que você está interessado no outro e disposto a destacar os aspectos positivos da relação.
Simon Presland, em artigo para a revista Christianity Today (Fall 2000), chama a atenção para o fato de que muitos relacionamentos não apresentam graves problemas ou grandes ofensas, mas se ressentem de palavras carinhosas, de elogios e de reconhecimento do valor do outro.
Ele relaciona algumas dicas para que o elogio se torne uma prática comum na sua vida:
1.
Seja criativo
2.
Seja específico
3.
Elogie seu cônjuge em público
4.
Elogie tentativas de melhorar, de acertar
5.
Desenvolva o hábito de elogiar o parceiro todos os dias.
Certamente o seu cônjuge não é perfeito. Mas, em vez de ficar procurando por erros para apontar e criticar, faça um esforço para valorizar os pontos positivos. Mais óbvio ainda, você não é perfeito também!! Assim, o que importa é uma decisão - vale a pena elogiar, pois toda a família será beneficiada.

Uma família que cultiva um ambiente positivo, capaz de valorizar as pessoas, terá chances bem maiores de manter um casamento bem sucedido.


6/02/2006

Sobrando tempo, faltando o que fazer...

Filhos criados e cuidando da própria vida. Cada um na sua, casa que antes vivia cheia agora está vazia. Tarefas de trabalho, levar crianças para um lado e outro, compras de mês, reuniões no colégio, cursinho, dever de casa... Ufa! Quando será que isto vai acabar?
Em muitos casos essa fase já terminou.
Só que a tão sonhada liberdade está gerando dificuldades ainda mais sérias, por vezes levando os casais à separação após décadas de convivência.
O enfim sós tão desejado no início da relação é hoje o maior problema que os casais estão enfrentando! Parece loucura, mas estar juntos e ter muito tempo livre se tornou uma tortura capaz de levar as pessoas a romper vínculos antigos.
Ana Cristina Gonçalves, psicóloga, explica que a Síndrome do Ninho Vazio é um problema bastante comum, "acontece principalmente com mulheres que não desenvolveram outro papel, senão o de mãe", explica. É uma fase complicada para as mulheres que passaram vinte e poucos anos de suas vidas dedicando-se exclusivamente aos filhos: quando eles vão embora, elas perdem o chão."
Paralelamente, o problema atinge também os homens.
"O ninho ficou vazio, mas a cama não, o marido continua lá, só que aposentado. A frase “enfim sós” que antes parecia um sonho, agora anuncia turbulências. O casal terá de reaprender a viver junto e redescobrir os prazeres a dois. Contudo, o momento que deveria ser encarado como uma possibilidade de reaproximação, pode se transformar numa verdadeira guerra."
Pois é, em vez de ficarem mais juntos e voltarem ao início da relação com uma atitude de namoro, de investimento um no outro, diálogo, passeios e muita diversão, os casais estão se separando.
Passa-lhes pela cabeça, talvez, idéia de tempo perdido. Quem sabe pensando em "aproveitar" os últimos anos para fazer o que se privou no passado.
Uma saída, sugere a psicóloga, "é (...) desfrutar do mais raro tesouro da modernidade: o tempo livre. Para Ana Cristina, quanto mais interesses a pessoa criou quando jovem, mais facilidade ela terá para ocupar bem o seu tempo na maturidade. “Caso contrário, a saída é criar novos interesses, como: atividades artísticas, físicas, intelectuais, sociais ou culturais”.
Claro que há dificuldades e desafios a enfrentar. Sem ilusões.
Mas é melhor substituir a idéia de ruptura pela de contrução, a de perda pela da conquista.
Com mais tempo, melhor condição financeira e mais maturidade, um casal esperto poderá ver renascer com intensidade a paixão e o prazer de estar junto e a alegria de um casamento longo e produtivo.

5/24/2006

Sucesso Instantâneo

Por Robert J. Tamasy

Já reparou na fascinação que muitos nutrem pelo “sucesso instantâneo” – aquele indivíduo que, de repente, alcança fama e notoriedade através de uma realização notável? Isso é mais freqüente no mundo de entretenimento e de esportes, onde cantores ou grupos musicais invadem a consciência pública com músicas de sucesso, atores são aclamados pela crítica por suas performances em filmes ou na TV e atletas atingem "status" de estrelas pelo nível de excelência em sua modalidade de competição.

“Sucesso instantâneo” também ocorre no mundo profissional e empresarial, através de um empreendedor diligente, que de uma idéia inovadora faz uma empresa de milhões de dólares; um executivo em ascensão que assume a liderança de uma grande empresa e se torna manchete em todas as publicações de negócios, ou um escritor que se torna famoso pelo seu brilhante livro sobre estratégias de mercado. Você gostaria de ser como uma dessas pessoas?

A ironia do “sucesso instantâneo” é que ele demora para acontecer. CEO's hoje renomados, batalharam por décadas na obscuridade, antes de ascenderem ao topo de suas empresas. Oradores e conferencistas populares e líderes de seminários investiram grande parte de suas vidas para adquirir a experiência e o conhecimento que hoje fazem seu trabalho tão requisitado. Os maiores executivos de vendas gastaram anos forjando suas habilidades no fogo de tentativas e erros, sucessos e fracassos.

No livro de Provérbios, na Bíblia, vemos que se existe um segredo para “sucesso instantâneo” ele se chama "determinação", "trabalho persistente" e "prontidão para agir e maximizar oportunidades".

. Não demore para agir. Em muitos casos, senso de oportunidade é tudo. Deixar de agir diante de oportunidades promissoras e no tempo certo, pode resultar em perdas que jamais serão recuperadas. “Aquele que faz a colheita no verão é filho sensato, mas aquele que dorme durante a ceifa é filho que causa vergonha” (Provérbios 10.5).

. Recompensas são para diligentes, não para sonhadores. Visão e imaginação são características valiosas no mundo de negócios, mas responsabilidades imediatas devem ter precedência sobre possibilidades futuras. “Quem trabalha a sua terra terá fartura de alimento, mas quem vai atrás de fantasias não tem juízo” (Provérbios 12.11).

. Esforço determinado produz retorno seguro. O indivíduo ávido por “sucesso instantâneo” tentará qualquer atalho para atingi-lo, mas o trabalho duro e a determinação remuneram generosamente no longo prazo. “O dinheiro ganho com desonestidade diminuirá, mas quem o ajunta aos poucos terá cada vez mais” (Provérbios 13.11).

. A preguiça colhe sua própria recompensa – nada. Um velho ditado diz: “Colhemos o que semeamos”. Alguns caem na armadilha de esperar abundantes recompensas materiais e profissionais, sem gastar tempo e esforço necessários para conquistá-las. “O preguiçoso deseja e nada consegue, mas os desejos do diligente são amplamente satisfeitos” (Provérbios 13.4).


5/21/2006

Dois pra cá, dois pra lá...

por Lúcio Menezes
O que foi feito pra estar junto não se agrada do afastar.

Acostumados a se completarem,

Falta ritmo, falta tato, falta cheiro pra cheirar.

Tudo se move do mesmo jeito, como sempre.

Mas, na novidade, há algo estranho

Tudo parece igual, só que diferente.

Gente que passa, rostos normais em movimento,

Conversam, riem, bocejam e seguem seu caminho.

Outros vão calados, taciturnos, distraídos em seus pensamentos.

Cá estamos nós – eu e Lucinho – em trânsito,

Suprindo, como possível, a falta das que lá estão:

Larissa e Mirinha, nas águas quentes das Caldas,

Tanto quanto nós sentindo a falta do estar juntos.

Muito melhor quando juntos vamos, para onde não importa, o caminho é pretexto.

Há calor humano, toques sutis e palavras delicadas,

Olhos nos olhos dizem sem falar, o sorriso fácil alivia a alma,

Abraços e afagos reforçam a liga que nos liga

E a conversa alegre, em vez de longe, nos deixa mais perto.

Venham pra cá, meninas, que vamos também nos achegar.

E dos momentos que tivemos que nos afastar,

Fique firme o sentimento, apurado na distância necessária,

Que estar junto é nosso destino, não por sina ou sem razão,

Mas pela escolha do prazer de estar perto de quem se ama.


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